DESASSOSSEGO
ensemble
MANIFESTO do DESASSOSEGO: Somos dois artistas que escolheram desassossegar a arte através do trombone e do piano. Queremos espelhar a inquietação e agitação constante da mente criativa do artista, sempre a questionar-se: qual será a minha próxima criação? Que obras e compositores tocarei? Serei capaz de as interpretar, de refletir as palavras do compositor? Serei apenas músico, ou poderei também ser pintor, escritor ou tudo isso, e juntar todas as formas de arte num espetáculo na busca pela Gesamtkunstwerk, a obra de arte total. Desejamos seguir diversos caminhos criativos sem um rumo fixo e definido. Pretendemos criar concertos pluridisciplinares com pintura, arte digital, teatro e literatura. Queremos interpretar nova música para trombone e piano composta para o nosso desassossego por compositores contemporâneos de qualquer latitude ou longitude, sem fronteiras de nacionalidade ou estilo. Sempre sem descurar ou abandonar o repertório de referência para esta formação composto por compositores consagrados como Launy Grøndahl, Paul Hindemith, Jean- Michel Defaye, Camille Saint-Saëns; entre muitos outros. Adaptando as palavras de Bernardo Soares dizemos que o nosso instinto de perfeição deveria inibir-nos de acabar, deveria até inibir-nos de dar começo. Mas distraímo-nos e fazemos… esta é a essência do nosso Desassossego…
VERA BATISTA: Mestre em Direcção Coral pelo Instituto Piaget de Almada na classe de Paulo Lourenço e licenciada em Música - área específica de Piano e Música de Câmara pela Universidade de Évora na classe de Elizabeth Allen (Piano), e João Vale (Música de Câmara). Trabalhou no âmbito da direção, para além de Paulo Lourenço, com António Vassalo Lourenço, Teresita Gutierrez, Cara Tasher, Eugene Rodgers, Jean Sebastiaen Béreau, Paul Caldwell, Stephen Coker e José Luís Borges Coelho. No piano com Álvaro Teixeira Lopes e ao nível do canto com Rute Dutra, Sandra Medeiros, Liliane Bizinechi, Ghislaine Morgan e João Lourenço. É Directora musical do Grupo Coral de Lagos, do Coro Infanto-Juvenil de Lagos, do Grupo Coral da Sociedade Filarmónica Silvense e foi Directora musical do Coral Ideias do Levante. É membro fundador e pianista do Ensemble Contemporaneus onde trabalhou com os maestros Pedro Amaral, Christopher Bochmann, Roberto Perez e João Paulo Santos. Enquanto maestrina convidada dirigiu as óperas Così fan tutte de W. A. Mozart e Rita de G. Donizetti e estreou as obras Rainha das Neves de Rogério Medeiros e A mãe que chovia de Pedro Louzeiro. Foi também directora musical das obras teatro/musicais Jardins do Passado e Reunião de Protesto de Neusa Dias. Colaborou como directora musical com o grupo de teatro The Algarvians nas peças Honk – The musical, Robin Hood and the babes in the wood e Robinson Crusoe e colaborou em concerto em 2019/20 com o músico Rodrigo Leão no projecto musical O Método. Apresentou-se em várias salas de espetáculo em Portugal, Espanha, Bélgica, Itália, Holanda e Eslovénia.
FRANCISCO SERÔDIO: Licenciado em Trombone pela Universidade de Évora, onde estudou com os professores Hugo Assunção, Rui Vieira Nery, Vanda de Sá, João Pedro de Alvarenga, entre outros. Estudou ainda com conceituados trombonistas como Joseph Alessy (New York Philarmonic) , Jorgen Van Rijen (R. Concertgbouw), David Taylor, Alexandre Vilela, entre outros. É membro fundador do Ensemble Contemporaneus com o qual tem realizado inúmeros concertos em Portugal e na Europa sob a direção de conceituados maestros como Pedro Amaral, Christopher Bochmann, Roberto Perez, Paulo Lourenço, João Paulo Santos, entre outros. Interpretou em estreia mundial e nacional obras de Tiago Cutileiro, Sérgio Azevedo, António Risueno, Cristovão Silva, Pedro Louzeiro, entre outros. É Presidente da Direção da Contemporaneus desde 2006. Exerceu as funções Diretor Artístico dos projetos “Temporada de Música Contemporaneus 2007 a 2015” , em 2009 e 2010 – “1º e 2º Ciclo de Música Contemporânea”. Em 2019 estreou a obra “Reunião de Protesto” manifesto musico-teatral de Neusa Dias. Enquanto instrumentista procura apresentar em concerto obras consagradas do repertório de trombone, sem nunca abandonar a busca por novas sonoridades e obras para o seu instrumento. É desde 2018 Diretor Pedagógico do Conservatório de Música e Artes de Lagos e lecciona no Conservatório de Artes de Lagoa e na Academia de Música de Portimão.